Significado da Canhota Escotista
Durante o Verão de 1946, um jovem da África Ocidental (actual Namíbia) chamado Djabonar veio a Gilwell-Park, ao Campo Escola Internacional. Quando o Chefe do Campo falava acerca da maneira de se cumprimentar com a mão esquerda, Djabonar contou-lhe como, aquando da queda de Kumassi, capital de Prempeh, rei do povo Ashanti e seu avô, um dos chefes veio ao encontro de Baden-Powell e estendeu-lhe a mão esquerda, BP apresentou-lhe a mão direita, mas o chefe disse: "Não! No meu país, ao mais bravo entre os bravos, cumprimenta-se com a mão esquerda".
Baden-Powell terá admirado muito este sinal secreto duma Ordem de Nobreza do Povo Ashanti, sendo os seus superiores os mais corajosos e os mais dignos.
Mas este sinal não é limitado aos indígenas Ashantis, por toda a África existe exemplos deste cumprimento como é o caso de “Owor Ogum” um deus dos guerreiros e dos caçadores, que utilizam a mão esquerda dizendo “Owor Ogum” como sinal de apreciação após uma caçada cumprimentando aqueles que mostrem bravura e serem dignos de tomar lugar entre os grandes caçadores.
Em Ife, também o cumprimento com a mão esquerda é dado pelo Chefe Supremo de nome “Oni” aos seus melhores guerreiros.
Existe ainda uma outra explicação que se baseia no facto de os guerreiros que usavam lança e escudo, apertavam a mão esquerda, para se saudarem, como sinal de grande confiança.
O motivo é o seguinte: os guerreiros poisavam o escudo, que lhes protegia o corpo, mas assim podiam cumprimentar-se sem largar a lança, que era a sua única defesa no meio hostil em que se encontravam. Além disso, os guerreiros consideravam muito leal a mão esquerda, por ser a do lado do coração.
Os escoteiros apertam a mão esquerda para mostrar confiança uns com os outros, entrelaçando o dedo mindinho como forma de lembrar a força e a união da fraternidade escotista.