Homógrafo - Transmissão de mensagens por bandeiras
Este tipo de sinalização baseia-se no telégrafo de semáforos, que ao longo das costas e junto aos portos noticiavam a chegada, largada ou localização de navios.
Claude Chappe
Foi inventado pelo engenheiro francês Claude Chappe em 1793 e o seu uso era puramente militar e pretendia ser um complemento do sistema defensivo relativamente aos ingleses e holandeses. Rapidamente se espalhou por toda a Europa de então permitindo que uma mensagem de S. Petersburgo a Inglaterra demorasse apenas um dia.
Os semáforos eram estruturas fixas com braços de cores escuras, normalmente preto, que segundo as suas posições relativas tinham o significado de sinais. Os códigos semafóricos ou homográficos de Maryatti em 1856, Reynold em 1858 ou ainda de Larkins em 1868 foram alguns dos usados. Entre nós há noticia que em 1803 já havia diversas estações de semáforos junto ao Cabo da Roca, Guia, etc.
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Algumas abreviaturas
- C - esta letra significa: «a sua repetição está certa».
- G - «acuse a receção repetindo»
- R - «mensagem recebida»
- T - a letra "T" é usada para indicar a receção de cada uma das palavras do texto.
- W - «estou impossibilitado de ler a sua transmissão em virtude de a luz não estar em condições ou mal apontada»
- EEEEEE etc. - sinal de anulação ou erro.
- TTTTTT etc. - sinal de reconhecimento.
- UD - sinal de repetição. Emprega-se para obter a repetição de parte ou a totalidade da mensagem.
- AR - fim de comunicação.
A Técnica
As bandeirolas de transmissão devem ser confecionadas com pano de cores fortes e contrastantes. Preferencialmente vermelho, preto, branco ou amarelo. Deve ter-se o cuidado de colocar o lado mais escuro (vermelho ou preto) junto ao cabo.
Para se praticar o homógrafo é necessário constituir duas equipas de transmissão compostas por duas ou três pessoas:
- O Transmissor - responsável pela codificação e envio dos sinais.
- O Recetor - responsável pela descodificação das mensagens enviadas pela outra equipa.
- O Secretário - responsável pelo registo das mensagens recebidas e transmitidas.
A única maneira para se aprender bem o homógrafo é treinando! Sugere-se a aprendizagem por ciclos (A-G; H-N; O-S; etc.) e a construção gradual de palavras mais complexas. A velocidade de transmissão e receção deve ser deixada para segundo plano pois vem com naturalidade.
Adaptado a partir do manual de 2ª classe da AEP-Região do Porto (2001;73) e do site da Associação Nacional de Cruzeiros
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